Diagnóstico de Infecciosas : Silvestres e Exóticos

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Painéis para Diagnóstico de Infecciosas: Silvestres e Exóticos

Painel para animais aquáticos: qPCR para Iridivírus, Mycobacterium spp., Edwardsella tarda, Aeromonas hydrophila e Francisella noatunensis.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO TESTE: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão granulomatosa (baço, fígado e rim) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

• PREVISÃO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

 


Exames

  • Aeromonas hydrophila (Ahyd)
  • Edwardsiella tarda (Etarda)
  • Francisella noatunensis (Fnoat)
  • Iridovírus (IV)
  • Mycobacterium spp. (Mycob)

Exames Individuais para Diagnóstico de Infecciosas: Silvestres e Exóticos

A Aeromonas hydrophila é uma bactéria que acomete os peixes que sofreram uma lesão prévia na pele por traumas ou parasitismo externo, uma vez que está presente na água. Acomete principalmente peixes de água doce, levando a formação de erosões e úlceras na pele, causando mortalidade em muitos casos. É uma zoonose extremamente importante, pois pode levar a diversos processos inflamatórios, como artrite, encefalite, meningite, quando consumido pescado contaminado na forma crua.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: Fragmento de órgãos com lesão ulcerosa (baço, fígado, rim ou pele) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

 

Bactérias do gênero Ehrlichia são parasitas intracelulares obrigatórias e podem infectar várias espécies de animais. São transmitidas por carrapatos de diversas espécies (Amblyomma spp., Dermacentor spp., Rhipicephalus spp., dentre outros) ou mesmo por transfusão sanguínea. A PCR em tempo real para detecção deste gênero detecta uma região conservada do 16S bacteriano, de forma que também é capaz de amplificar espécies que anteriormente eram denominadas "erliquias" e hoje receberam uma nova classificação. Assim, as espécies detectadas por essa PCR são: Ehrlichia canis, Ehrlichia platys (atual Anaplasma platys), Ehrlichia ewingii, Ehrlichia phagocytophilum (atual Anaplasma phagocytophilum), Ehrlichia bovis (atual Anaplasma bovis), Ehrlichia equi (atual Anaplasma phagocythopilum), Ehrlichia ondiri, Ehrlichia muris, Ehrlichia chaffeennsis, Ehrlichia ovina, Ehrlichia minascensis, Ehrlichia risticii (atual Neorickettsia risticii), Anaplasma marginale, Anaplasma centrale, Anaplasma capra, Anaplasma ovis, Candidatus Anaplasma camelii. Para especificar qual espécie se trata em uma infecção positiva para Ehrlichia spp. / Anaplasma spp., verifique nossas PCRs espécie-específicas disponíveis.

• ESPÉCIE: canina, felina, equina, bovina, ovina, dentre outras.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; medula óssea em EDTA; fragmento de baço (post-mortem ou biopsia - não conservar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

Babesia é um gênero de hemoparasitas que causam a Babesiose em diversas espécies de hospedeiros, sendo uma doença endêmica no Brasil. É transmitida por carrapatos ou transfusões de sangue. Este hemoprotozoário causa destruição de hemácias, então a principal alteração encontrada no hemograma é a anemia. Este teste é importante em várias espécies, como cães, equinos e bovinos, e também é importante como parte do painel de exames de hemoparasitas nesses animais.

• ESPÉCIE: caninos, bovinos, equinos e ovinos.
• PATÓGENOS DETECTADOS: B. bigemina, B. bovis, B. caballi, B. canis canis, B. canis rossi, B. canis vogeli, B. conradae, B. divergens, B. duncani, B. gibsoni, B. motasi.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; medula óssea em EDTA; fragmento de baço (post-mortem ou biópsia - não conservar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

Bartonella spp. é um patógeno zoonótico bacteriano que infecta hemácias de felinos domésticos e selvagens, os quais atuam como importantes reservatórios da doença de várias espécies de Bartonella como B. henselae, B. koehlerae, B. clarridgeiae, B. quintana e outros. As espécies do gênero Bartonella são bactérias de crescimento lento e fastidioso, bacilos, gram-negativos, que podem sobreviver e replicar-se intracelularmente em seus hospedeiros mamíferos. A bacteremia pode ter caráter crônico ou de forma intermitente que pode estar associada a infecção primária em gatos. A bactéria pode ser transmitida a felinos susceptíveis durante o repasto sanguíneo de pulgas (Ctenocephalides felis) infectadas sendo eliminada nas fezes desses artrópodes. Dessa forma, ao se coçar e se lamber o felino pode transmitir o patógeno a outros felinos pela presença da bactéria nas unhas e saliva, através de arranhaduras na pele ou por mordedura. O animal com a infecção pode estar assintomático ou apresentar sinais de febre, letargia, anorexia, linfadenomegalia, estomatite, miocardite ou endocardite, e uveíte. No entanto, foram observados sinais clínicos mais graves em infecções causadas pela cepa de B. henselae. Portanto, gatos infectados com Bartonella spp. não devem ser usados como doadores de sangue. O diagnóstico da infecção pode ser realizado pela PCR em tempo real, apresentando resultados de forma mais rápida e eficiente que a cultura e isolamento microbiano. Devido ao caráter intermitente da bacteremia, múltiplas coletas podem ser necessárias. O diagnóstico de Bartonella spp. em gatos é de extrema importância por se tratar de uma doença zoonótica e ocupacional, principalmente em imunodeprimidos e Médicos Veterinários. Atualmente, não há vacina comercialmente disponível para prevenção da doença.

• ESPÉCIE: felina.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; swab conjuntival (em caso de sinais oftalmológicos), citopunção aspirativa de linfonodo.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

Bordetella bronchiseptica é uma bactéria gram-negativa que causa infecção no trato respiratório dos animais e é considerada um patógeno primário em caninos e felinos. Esta bactéria pode colonizar o epitélio ciliado do trato respiratório do hospedeiro, estabelecendo infecções crônicas. A sua eliminação ocorre nas secreções oronasais de animais infectados. Os sinais respiratórios associados à infecção por B. bronchiseptica, vão desde uma infecção leve com febre, tosse seca, espirros, secreção ocular e linfadenopatia, a quadros de pneumonia grave com dispneia, cianose e morte. Este é um dos patógenos associados ao complexo respiratório infeccioso canino, também denominado de traqueobronquite infecciosa canina, ou popularmente conhecida como “tosse dos canis”.

• ESPÉCIE: canina, felina e silvestres/exóticos.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: swab de orofaringe; lavado traqueal ou bronco alveolar; sangue total em EDTA.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita

 

A Brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete várias espécies animais (bovinos, suínos, ovinos, caprinos, equídeos, cães, alguns mamíferos marinhos e humanos), causada por uma bactéria do gênero Brucella, um cocobacilo gram-negativo intracelular facultativo. A infecção pode ocorrer através das membranas mucosas (oral, ocular, nasal e genital), e a transmissão se dá por ingestão ou inalação de bactérias que estejam presente nos tecidos e fluidos fetais abortados, descargas vaginais do parto ou do abortamento, no leite e urina, pela via venérea (devido à eliminação do agente no sêmen e nas secreções vaginais) e pela via transplacentária. A infecção por Brucella é caracterizada por causar desordens reprodutivas, tais como: epididimite, prostatite, infertilidade, falhas reprodutivas, abortamentos, retenção de placenta, natimortos ou neonatos debilitados. Além disso, Brucella pode infectar outros tecidos e causar alterações como uveíte, discoespondilite, osteomielite e dermatite. A Brucelose é uma zoonose.

• ESPÉCIE: canina, bovina, suína, equina , ovina e caprina.
• PATÓGENOS DETECTADOS: B. abortus, B. canis, B. melitensis, B. suis, B. ovis, B. microti, B. ceti, B. pinnipedialis, B. inopinata.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: secreção vaginal (swab); sêmen; placenta; feto abortado (fragmento de órgão rim, baço, fígado refrigerados); urina; sangue total em EDTA.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

A Campylobacteriose é uma enfermidade infectocontagiosa causada por um patógeno bacteriano do gênero Campylobacter que pode acometer o trato entérico e reprodutivo de animais. O Campylobacter pode causar gastroenterite aguda e é frequentemente isolado de alimentos contaminados, animais infectados e do meio ambiente. São bactérias gram negativas, não esporuladas, móveis, com presença de flagelo, espiraladas ou em forma de S. Foram identificadas várias espécies do agente: na forma entérica o Campylobacter pode ser eliminado nas fezes de animais infectados e assintomáticos. Os cães assim como os gatos, podem apresentar gastroenterites com diarreia profusa, aquosa, com presença de muco ou estrias de sangue. Assim, esse patógeno pode atuar como agente primário ou secundário na infecção, que pode agravar o quadro gastroentérico em coinfecções por outros agentes, como Giardia spp e infecções virais. Em bovinos, o Campylobacter pode ocasionar transtornos reprodutivos e abortamentos, em que ocorre a campylobacteriose genital, causada pelas espécies C. fetus subspecies vereneralis e fetus. As infecções causadas por Campylobacter spp. possui caráter zoonótico e se deve ao consumo de alimentos contaminados ou contato com animais que estejam eliminando o patógeno. O diagnóstico da infecção por Campylobacter pode ser feito por cultura bacteriana ou técnicas moleculares. A identificação microscópica de Campylobacter spp. pode apresentar baixa especificidade, pois pode ser confundido morfologicamente com outros patógenos. Os métodos baseados em PCR permitem detectar a presença de Campylobacter de forma rápida, segura e específica, principalmente quando há espécies envolvidas difíceis de cultivar, comprometendo o diagnóstico do agente.

• ESPÉCIES: Canina, felina, equina, bovina, dentre outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: (Colocar o material coletado em recipiente fechado e bem vedado; coletar material antes do tratamento com antibiótico)

- Campylobacteriose entérica: swab retal (sem meio de transporte) e fezes (em frasco coletor universal);
- Campylobacteriose genital: lavado ou aspirado genital, swab de cavidade genital;
- Feto abortado: fragmento de órgão (cérebro, fígado, pulmão, baço e conteúdo abomasal) mantidos sob refrigeração ou congelados.

• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 2 dias úteis.


• ESPÉCIE: múltiplas.
• PATÓGENOS DETECTADOS: C. psittaci, C. abortus, C. muridarum, C. gallinacea, C. felis, C. suis, C. pecorum, C. trachomatis, C. pneumonia, C. caviae.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes refrigeradas, swab retal/cloacal, swab conjuntival, swab de orofaringe. Obs: colher o swab antes de iniciar a antibioticoterapia tópica ou sistêmica. Como Chlamydophila é um organismo intracelular, é importante assegurar que as amostras de swabs tenham celularidade suficiente.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PREVISÃO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

 

Circovirus são pequenos vírus de DNA circular e não-envelopados. A ausência do envelope permite que fiquem viáveis por muito tempo no ambiente, tornando o controle da infecção em criadouros bem difícil. Entre os hospedeiros dessa família viral temos morcegos, suínos, caninos e aves. Diversas espécies de circovirus já foram descritas para diferentes espécies aviárias e esses vírus causam grandes problemas na criação, em especial na reprodução dos animais. O diagnóstico molecular é a principal ferramenta para a detecção do Circovírus, auxiliando tanto em diagnóstico clínico de pacientes (psitacídeos e o BFDV, por exemplo), como no acompanhamento de criadouros.

O PCR de Circoviridae pode ser utilizado na detecção de diversas espécies de Circovírus, com a possibilidade de identificação da espécie por sequenciamento gênico. Dentre essas espécies: Finch Circovirus, Goose Circovirus, Pigeon Circovirus, Canary Circovirus, Columbid Circovirus e o vírus da Doença do Bico e das Penas (BFDV).

• ESPÉCIE: aves.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por Nested PCR.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total com EDTA refrigerado, tecido, ovo embrionado, fezes refrigeradas.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

Clostridium perfringens é um agente infeccioso que pode acometer várias espécies animais, associados a toxinfecção alimentar, gangrena gasosa e principalmente a transtornos entéricos como enterites e enterotoxemias. Trata-se de uma bactéria bastonete, gram-positiva, anaeróbica, imóveis, formadora de esporos e produtora de toxinas, pertencente à família Clostridiaceae. Dentre as espécies de Clostridium, o C. perfringens é o maior produtor de toxinas e também o mais difundido, sendo responsável por causar doenças em humanos e animais. Em bovinos e ovinos, o patógeno está associado a enterotoxemia, enterite hemorrágica, doença renal pulposa, além da gangrena gasosa ou edema maligno em que ocorre entrada e infecção pelo Clostridium em feridas contaminadas. Dessa forma, resulta em perdas econômicas consideráveis devido à taxa de mortalidade, diminuição da produtividade e aumento dos custos de tratamento. Em pequenos animais, como cães e gatos, a enterotoxemia está relacionada às toxinas produzidas no trato gastrointestinal, que causam diarreia hemorrágica aguda ou crônica, sangramento súbito no estômago e enterite. Além disso, o animal pode apresentar vômitos agudos, desidratação, apatia e dor abdominal. O diagnóstico da infecção por Clostridium perfringens pode ser realizado pela técnica de PCR em tempo real, que permite a detecção do agente de forma rápida, eficiente e precisa, favorecendo a atuação do médico veterinário na implementação de medidas terapêuticas assertivas e no prognóstico da doença. Nesse teste, o PCR em tempo real detecta a alfa toxina de C. perfringens, uma das principais da espécie.

• ESPÉCIE: caninos, felinos, bovinos, equinos, outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas (amostra coletada da ampola retal e colocada em frasco coletor universal estéril, com a tampa bem vedada), swab retal estéril sem meio de transporte (se possível, enviar em duplicata). Observação: Coletar amostra antes do tratamento com antibióticos.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

A Criptococose é uma micose sistêmica, cuja porta de entrada é a via inalatória, causada por um complexo de fungos patogênicos do gênero Cryptococcus, que pode afetar o homem e os animais. O fungo é encontrado em substratos de origem animal e vegetal, e a infecção ocorre com a inalação, ingestão ou lesão cutânea. Cães e gatos geralmente apresentam lesões nos seios nasais, trato respiratório superior e subsequentemente pode se estender para o pulmão ou para o sistema nervoso central. Ressalta-se que cães e gatos também podem apresentar lesões no sistema gastrointestinal e cutâneo causadas por este fungo. 

• ESPÉCIE: canina, felina, bovina, equina e outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: líquor (alterações neurológicas); swab nasal, de faringe ou conjuntival (alterações respiratória ou ocular); lavado traqueal (animais com anormalidades pulmonares); biópsias ou aspirados de linfonodos (com aumento de volume); sangue total em EDTA.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

Este protozoário intracelular do gênero Cryptosporidium é o agente causador da Criptosporidiose, acometendo várias espécies animais. Este parasita se instala nas microvilosidades das células epiteliais do trato gastrintestinal dos seus hospedeiros causando inflamação. O CPP apresenta um ciclo de vida complexo, incluindo fases de reprodução sexuada e assexuada, que termina com a excreção de oocistos nas fezes do hospedeiro. A transmissão da infecção ocorre por via fecal-oral, principalmente pelo contato com água ou alimentos contaminados. O agente pode causar quadros de diarreia, má absorção de nutrientes e emagrecimento, entretanto, alguns animais podem permanecer sem apresentar sinais clínicos. Pacientes com o sistema imune comprometido são mais susceptíveis a doença.

• ESPÉCIE: canina, felina, bovina, equina e outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

A Edwardsiella tarda é uma bactéria bastante frequente em peixes de água doce, onde se tenha répteis e anfíbios próximos. Os animais podem apresentar alterações de pele como úlceras, edema, ou ainda esplenomegalia e hepatomegalia. Uma característica comum é o mau odor ao se realizar a abertura da cavidade celomática. Devido a mortalidade causa prejuízo econômico ao produtor, além de ser uma zoonose, o que inviabiliza a sua comercialização para o consumo humano.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão (baço, fígado, rim ou pele) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

 

Bactérias do gênero Ehrlichia são parasitas intracelulares obrigatórias e podem infectar várias espécies de animais. São transmitidas por carrapatos de diversas espécies (Amblyomma spp., Dermacentor spp., Rhipicephalus spp., dentre outros) ou mesmo por transfusão sanguínea. A PCR em tempo real para detecção deste gênero detecta uma região conservada do 16S bacteriano, de forma que também é capaz de amplificar espécies que anteriormente eram denominadas "erliquias" e hoje receberam uma nova classificação. Assim, as espécies detectadas por essa PCR são: Ehrlichia canis, Ehrlichia platys (atual Anaplasma platys), Ehrlichia ewingii, Ehrlichia phagocytophilum (atual Anaplasma phagocytophilum), Ehrlichia bovis (atual Anaplasma bovis), Ehrlichia equi (atual Anaplasma phagocythopilum), Ehrlichia ondiri, Ehrlichia muris, Ehrlichia chaffeennsis, Ehrlichia ovina, Ehrlichia minascensis, Ehrlichia risticii (atual Neorickettsia risticii). Embora não seja uma erlichia, Anaplasma marginale também é detectada por essa reação. Para especificar qual espécie se trata em uma infecção positiva para Ehrlichia spp., verifique nossas PCRs espécie-específicas disponíveis.

• ESPÉCIE: canina, felina, equina, bovina, ovina, dentre outras.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; medula óssea em EDTA; fragmento de baço (post-mortem ou biopsia - não conservar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

A eimeriose é uma doença causada por um protozoário do gênero Eimeria, que parasita o trato gastrointestinal de várias espécies animais, desencadeando gastroenterites e diarreias. Os principais fatores que interferem nas características da eimeriose são: idade do animal, imunidade, fatores relacionados ao parasito (espécie de Eimeria, quantidade de ingestão de oocistos), manejo e clima. Os bovinos podem ser acometidos por várias espécies de Eimeria; no entanto, as espécies E. bovis e E. zuernii são consideradas as de maior importância clínica ocasionando distúrbios entéricos em bezerros, podendo resultar na morte dos animais acometidos. Já as espécies E. auburnensis e E. alabamensis são consideradas moderadamente patogênicas. Os bovinos se infectam com agente após a ingestão de oocistos esporulados eliminados nas fezes de animais parasitados. A ingestão pode ocorrer pelo alimento ou água contaminados ou pela lambedura de baias e outros animais. Bovinos adultos podem apresentar a infecção de forma subclínica, atuando como fonte de infecção para animais susceptíveis a parasitoses. Em bezerros, a eimeriose é mais frequente entre três semanas a 6 meses de idade, porém a doença pode acometer animais de qualquer faixa etária considerando a densidade do rebanho, ingestão de alta carga parasitaria ou animais debilitados sob condições de estresse, doenças concomitantes ou imunossupressão. Os sinais clínicos observados são apatia, desidratação, pelos eriçados e opacos, baixo desenvolvimento, anorexia, diarreia com sangue ou aspecto escurecida, presença de muco e forte odor. E ainda, o animal pode apresentar tenesmo, prolapso retal e evoluir para o óbito. Coinfecções por outros enteropatógenos infecciosos podem ocorrer e agravar o estado do animal, como: E. coli, Salmonella spp, Cryptosporidium spp., Clostridium spp., Rotavírus, Coronavírus bovino. Portanto, o diagnóstico preciso do agente envolvido pode favorecer a rápida intervenção e ser fundamental no tratamento da doença. Além de possibilitar a adoção de medidas de controle para evitar a disseminação do agente na propriedade.

• ESPÉCIE: multiespécies.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas ou swab retal. Coletar material antes do tratamento com antiparasitário.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

A Francisella noatunensis é uma bactéria muito observada em piscicultura de tilápia em épocas de inverno, causando alta taxa de mortalidade. Os animais apresentam granulomas em baço ou rim e apresentam redução do ganho de peso e conversão alimentar. O seu monitoramento é crucial para reduzir o prejuízo econômico com a mortalidade que essa doença causa.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO TESTE: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão granulomatosa (baço, fígado e rim) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

 

A Giardia spp. é o agente causador da giardíase, uma zoonose, que apresenta importância clínica para cães e gatos. Este protozoário é geralmente localizado no intestino delgado e eventualmente no intestino grosso. Pode causar diarreia, desidratação e perda de peso. Normalmente, as fezes de cães e gatos parasitadas por Giárdia são amareladas ou acinzentadas, fétidas, com presença ou não de sangue, de consistência variando de pastosa a líquida, com presença de muco. Alguns animais podem permanecer assintomáticos mesmo estando infectados, porém em animais jovens e imunossuprimidos pode ocorrer quadros graves da doença. Quadros de coinfecção com outros agentes infecciosos são comuns e podem também agravar os sinais clínicos apresentados.

• ESPÉCIE: canina, felina, equídeos, ruminantes, outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas. É recomendada a coleta de amostras de fezes por 3 dias consecutivos ou intercalados, devido a eliminação intermitente do parasita pelo hospedeiro.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

• ESPÉCIE: canina.
• PATÓGENOS DETECTADOS: H. americanum, H. canis.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; medula óssea em EDTA; fragmento de baço (post-mortem ou biopsia - não conservar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

• PREVISÃO: até 2 dias úteis.

Os iridovírus são conhecidos por infectarem invertebrados (principalmente insetos) assim como alguns grupos de vertebrados, como peixes, anfíbios e répteis. Em peixes, encontramos principalmente o Vírus da Necrose Infecciosa de Baço e Rim (ISKNV), um megalocytivírus pertencente à família Iridoviridae. No Brasil, foi detectado pela primeira vez em 2018 em peixes ornamentais e, em 2020 foi liberado um comunicado oficial sobre um diagnóstico positivo para iridovírus em uma criação de tilápias. A iridovirose em pescado é uma doença que pode causar 90% de mortalidade dentro de 1 mês ou mais após o alojamento dos alevinos. Pode se apresentar também de forma crônica e não ser observado pico de mortalidade. Os sinais clínicos são inespecíficos, podendo ser confundida com outras doenças comuns na piscicultura. Os principais sintomas observados da doença são: peixes no fundo e nas laterais das gaiolas com natação letárgica, pele escura, brânquias e órgão internos pálidos, principalmente o fígado, e também imunodepressão. O diagnóstico molecular é essencial para o monitoramento do vírus e reduzir o prejuízo econômico com a mortalidade que essa doença causa.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO TESTE: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão (baço, fígado e rim) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

 

Lawsonia intracellularis é um agente infeccioso envolvido na enteropatia proliferativa causando espessamento do epitélio intestinal e consequente quadro de diarreia em animais, principalmente em potros e suínos. L. intracellularis é uma bactéria intracelular obrigatória de enterócito, caracterizada como um bastonete curvo, flagelado, gram-negativo, não formador de esporos e de isolamento fastidioso. Em equinos, a infecção acomete principalmente potros (2 a 8 meses) e ocasionalmente animais adultos. A transmissão do patógeno ocorre pela via orofecal, invadindo células apicais das criptas do intestino e induzindo a hiperplasia celular ou proliferação de enterócitos durante a infecção bacteriana. Os animais infectados, geralmente apresentam letargia, anorexia, febre, edema periférico, perda de peso, desidratação, anemia, cólica, além de diarréia aquosa e profusa com curso de 2 a 10 dias. O óbito pode ocorrer em animais não tratados. No entanto, outros enteropatógenos podem estar envolvidos na diarréia em equinos e devem ser considerados, entre eles: Salmonella spp., Clostridium perfringens, Clostridioides (Clostridium) difficile, Neorickettsia risticii, Rhodococcus equi, Rotavírus A, Coronavírus equino, Cryptosporidium spp., Giardia spp. e outros. Portanto, as técnicas moleculares, como PCR em tempo real, podem ser empregadas para detectar de forma rápida e específica os agentes envolvidos na diarreia infecciosa em equinos, auxiliando no tratamento de forma segura e eficaz. 

• ESPÉCIE: equinos, suínos, outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas (amostra coletada da ampola retal e colocada em frasco coletor universal estéril, com a tampa bem vedada), swab retal estéril sem meio de transporte (se possível, enviar em duplicata).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

 

A Leishmania é um protozoário que pode causar a Leishmaniose cutânea (complexo Leishmania braziliensis e Leishmania mexicana) e a Leishmaniose visceral (L. infantum - syn. chagasi). Anormalidades dermatológicas são as alterações clínicas mais frequentes da leishmaniose cutânea. Os cães com leishmaniose visceral apresentam quadro clínico variável, sendo a forma mais grave por ser geralmente fatal quando não tratada, já que a enfermidade pode afetar diferentes órgãos e sistemas. A prevalência da infecção canina é maior que a soroprevalência, (cães infectados podem não desenvolver resposta imune humoral e, portanto, não são identificados por testes sorológicos), ressaltando a importância de métodos moleculares para o diagnóstico. A leishmaniose é zoonose transmitida pela picada do flebotomíneo parasitado e possui relevância na saúde pública. Portanto, o diagnóstico é importante para medidas de controle e profilaxia da doença.

• ESPÉCIE: canina, felina e silvestres.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: medula óssea em EDTA; sangue total em EDTA; aspirado de linfonodo; biópsias cutâneas, de baço ou fígado.
• OBSERVAÇÕES: A escolha da amostra influência a sensibilidade da reação. Nas amostras de sangue, a sensibilidade é baixa devido a flutuações na parasitemia, mas eleva-se quando a pesquisa é realizada em órgãos linfoides. Para pacientes recentemente infectados, o tecido linfóide e o sangue periférico tem boa sensibilidade. Em casos crônicos é mais difícil a identificação do parasito circulante e, sendo nestes casos a colheita de órgãos linfoides uma melhor opção.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

A Leptospirose é uma importante enfermidade infecciosa dos mamíferos, causada por bactérias do gênero Leptospira, que é composto por muitos sorovares com diferentes níveis de patogenicidade. É importante zoonose com impacto na saúde pública e com grande interesse também na agropecuária. Para o cão e o gato, o contato com a urina de roedores é a principal via de transmissão do agente. Na forma aguda da doença, o cão pode apresentar febre, anorexia, vômito, diarréia, poliúria, polidipsia, úlceras bucais, icterícia, petéquias em mucosas, hemorragias. Na forma crônica, o cão pode apresentar leptospirúria por longos períodos, variando de semanas a meses.

• ESPÉCIE: canina, felina, equídeos, ruminantes e outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA ou urina. Tecido renal e hepático podem ser analisados em casos post-mortem.
• OBSERVAÇÕES: a pesquisa do agente na urina é mais eficaz para casos com mais de uma semana de evolução.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

Mycobacterium é uma bactéria bastante comum em peixes de criação e ornamentais que pode levar a formação de granulomas em baço e fígado, sendo uma zoonose quando ocorre a manipulação da lesão sem luvas e sem higienização adequada das mãos. O seu diagnóstico previne que outros animais fiquem doentes e vão a óbito.

• ESPÉCIE: peixes e silvestres
• DESCRIÇÃO TESTE: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão granulomatosa (baço, fígado e rim) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

 

Micoplasmas são bactérias gram-negativas e estão entre os menores organismos procarióticos. Esses agentes podem ser encontrados em uma extensa gama de hospedeiros aviários, mamíferos e répteis, e como um contaminante comum de culturas de células. Os gatos podem ser acometidos por várias espécies de micoplasmas, sendo divididos em tipos hemotrópicos (ou hemoplasma) e não hemotrópicos, com base na sua capacidade de infectar eritrócitos ou acometer a mucosa. Dentre os tipos hemotrópicos estão os que causam anemia infecciosa felina que são parasitas eritrocitários. Entre os principais micoplasmas hemotrópicos felinos encontramos o Mycoplasma haemofelis, Candidatus Mycoplasma haemominutum e o Candidatus Mycoplasma turicensis. Enquanto os micoplasmas não hemotrópico são responsáveis por causar doença no trato respiratório superior (URTD) e inferior, afecções oculares e poliartrites, os quais foram associados ao Mycoplasma felis, Mycoplasma gateae e Mycoplasma arginini. Além dessas espécies também foram identificados em gatos a presença de M. feliminutum, M. canadense, M. cynos, M. lipophilum, M. hyopharyngis, M. arthriditis, M. canis, M. pulmonis e M. spumans. Os micoplasmas não hemotrópicos se aderem e colonizam superfícies de mucosa em revestimentos epiteliais onde proliferam e causam infecções. Não se sabe se os micoplasmas são patógenos oportunistas ou se espécies patogênicas estão envolvidos, ou se podem atuar sinergicamente com outros organismos como vírus ou bactérias para causar doenças.

O papel dos micoplasmas em infecções respiratórias de cães não é bem  compreendido, mas foram encontrados colonizando os pulmões durante a pneumonia,  podendo persistir por até 3 semanas após a infecção. Em cães com doença respiratória foram isolados as espécies: M. bovigenitalium, M. canis, M. cynos, M. edwardii, M. feliminutum, M.  gateae e M. spumans. Os sinais clínicos podem incluir tosse, acúmulo de muco e exsudato,  evoluindo para uma pneumonia. Os micoplasmas podem escapar da resposta imune,  resultando em infecção crônica e a introdução de outros agentes infecciosos. Além disso, em  alguns casos de cães que manifestam CIRD, foi descrita a coinfecção de micoplasma com  outros patógenos, dentre eles: vírus da parainflueza canina, Bordetella bronchiseptica, coronavírus respiratório canino (CRCoV), vírus da cinomose, vírus da influenza canina e adenovírus canino.
Em felinos, esses organismos podem estar presentes em gatos doentes e não saudáveis, tornando-os um patógeno potencialmente importante. A síndrome conhecida como Complexo respiratório felino ou Doença do trato respiratório superior (que incluem alterações oculares) pode envolver múltiplos patógenos, como Herpesvírus felino, Calicivírus felino, Chlamydophila felis, Bordetella bronchiseptica e o Mycoplasma spp. A infecção por micoplasma deve ser considerada em gatos com URTD que podem apresentar secreção nasal; espirros; ulcerações dos lábios, língua, gengivas ou plano nasal; salivação; tosse; febre; letargia e inapetência, ou com doença respiratória crônica, como asma e bronquite crônica. Além dos sinais clínicos de conjuntivite como blefarospasmo, hiperemia conjuntival, quemose, secreção ocular uni ou bilareral e até ceratite ulcerativa. O exame citológico usualmente não é específico. O isolamento em cultura microbiológica não é muito sensível, pois depende da viabilidade do agente e tende a ser fastidioso e demorado. Portanto, a detecção de DNA de micoplasma pela técnica de PCR, em amostras de secreção nasofaríngeo, lavados broncoalveolares ou células conjuntivais, pode ser um exame importante para identificar a presença do patógeno durante a infecção no animal. Dessa forma, é possível obter um diagnóstico rápido e seguro, favorecendo o prognóstico do paciente.

 


• ESPÉCIE: canina, felina e outras.
• TÉCNICA: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
• MATERIAL PARA ENVIO: swabs de cavidade nasal e/ou orofaringe, lavados ou aspirados respiratórios. Pode ser enviado uma ou duas amostras diferentes do mesmo animal para realização de pool de amostras, a fim de obter uma maior cobertura diagnóstica. 
• ARMAZENAMENTO DE ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC até o envio da amostra

Neospora caninum é um protozoário coccídeo intracelular obrigatório e acomete várias espécies de animais domésticos e selvagens. Os canídeos são os hospedeiros definitivos e intermediários. Pode causar enfermidade neurológica em cães (meningoencefalite, miosite e polirradiculoneurite). A neosporose é uma importante causa infecciosa de aborto, natimorto ou morte perinatal em bovinos.

• ESPÉCIE: canina, bovina e animais selvagens.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: Em cães preferencialmente o liquor e o sangue total em EDTA. Para o diagnóstico de abortamento bovino, enviar fragmentos de órgãos refrigerados (encéfalo, coração ou musculatura esquelética) ou placenta. Em caso de enfermidade neurológica, enviar fragmentos refrigerados de encéfalo, músculo ou nervo acometido. Para o diagnóstico post-mortem em cães jovens com suspeita de neosporose, enviar amostras refrigeradas de encéfalo, linfonodo e fígado. Com o objetivo de verificar a eliminação de oocistos nas fezes de cães, enviar fezes frescas.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. Não colocar fragmentos teciduais em formol. Em caso de necessidade de armazenar fragmentos por mais de 3 dias, congelar as amostras.

• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

O Nucleospora braziliensis é um microsporídio que acomete tilápias e pode gerar prejuízos ao produtores pela mortalidade e redução do ganho de peso. O animal pode apresentar alterações renais, hepática e circulatória. Embora não seja muito pesquisado, o seu monitoramento impede a mortalidade que pode alcançar índices de até 40% em peixes adultos.

• ESPÉCIE: peixes.
• DESCRIÇÃO TESTE: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fragmento de órgãos com lesão (baço, fígado e rim) com suspeita clínica ou para monitoramento da doença na propriedade
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. OBS: Os fragmentos se congelados podem ser enviados mesmo após excedido este tempo.

• PREVISÃO: até 2 dias úteis.

• PREVISÃO: até 2 dias úteis.

Salmonella spp. é uma enterobactéria gram-negativa, identificada em várias espécies, sendo considerada uma zoonose. A evolução do processo clínico da salmonelose pode variar de acordo com o sorovar envolvido, a espécie afetada, idade e fatores predisponentes. A principal rota de infecção é a fecal-oral, através da contaminação ambiental decorrente da excreção do agente por qualquer outro animal. Em equinos, a salmonelose afeta animais de todas as idades, causando uma enterocolite onde os principais sinais clínicos são diarreia (podendo ser intermitente), anorexia e hipertermia, podendo evoluir para um quadro de sepse em potros. Surtos são reportados em animais mantidos em ambientes contaminados e exposto normalmente a fatores estressantes. A infecção também pode estar presente na ausência de sinais clínicos, e tal cavalos são considerados portadores, eliminando a bactéria e contribuindo assim para a disseminação da doença através da contaminação do ambiente. O uso da PCR em tempo real aumenta muito a sensibilidade de detecção do agente pois, mesmo em casos clínicos podem ser necessários até 5 cultivos seriados para isolamento do agente.

• ESPÉCIE: canina, felina, equina, bovina, dentre outros.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: fezes frescas.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

 

A esporotricose é uma infecção micótica zoonótica causada pelo fungo Sporothrix spp que comumente causa lesão granulomatosa em animais e humanos, de evolução subaguda a crônica. Esse agente é encontrado amplamente no meio ambiente, no solo, vegetações com espinhos, troncos de árvores, galhos, fenos, madeira e matéria orgânica em decomposição. O fungo Sporothrix pode acometer várias espécies de mamíferos. No entanto, é mais observado em felinos, pois tem sido considerada a espécie carreadora do fungo e a mais susceptível a infecção, sendo identificado a sua presença na pele, trato respiratório e oral. Os gatos machos, adultos, não castrados, que possuem livre acesso à rua são os que mais favorecem a transmissão do agente, através de arranhaduras e mordedura a outros felinos, cães e humanos. A infecção cutânea ou linfocutânea pelo Sporothrix ocorre através de lesões pré-existentes como cortes, arranhões, escoriações e feridas, comumente em membros e cabeça (região nasal, olhos e boca, infligidas por brigas), que atuam como porta de entrada do agente, se instalando no tecido subcutâneo e linfonodos adjacentes. Geralmente, formam-se lesões circulares elevadas (pápulas ou nódulos) alopécicas, que evoluem para ulceração com necrose central crostosas com exsudato purulento e hemorrágico. As lesões não cicatrizam, não respondem a antibioticoterapia e apresentam rápida evolução, difundindo-se pelo corpo do animal. A infecção extracutânea pode acometer o trato respiratório e se disseminar para linfonodos, baço, rins, fígado, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, tecido ósseo, articulações, testículos e glândula mamária. Esses animais podem apresentar secreção nasal, espirros, febre, dispnéia, linfadenomegalia, êmese, prostração, anorexia e emagrecimento progressivo evoluindo para o óbito. As ações de prevenção e controle da esporotricose animal dependem dos diagnósticos clínico e laboratorial precisos, do correto tratamento que demanda um longo período e das orientações do Médico Veterinário. Portanto, a técnica de PCR em tempo real, é um exame de diagnóstico eficaz, preciso e altamente sensível, que pode detectar a presença do agente e auxiliar o Médico Veterinário para atuar de forma rápida, quanto às medidas sanitárias e terapêuticas necessárias. A esporotricose é uma importante zoonose e um problema de saúde pública que não deve ser negligenciada.

• ESPÉCIE: mamíferos.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real. 
• CUIDADOS NA COLETA E ENVIO:
- Coletar material antes do tratamento fúngico;
- Utilizar EPIs para coletar o material;
- Colocar o material coletado em recipiente fechado e bem vedado;
- Colocar o frasco que contém a amostra dentro de um saco plástico e informar "EXAME PARA SPOROTHRIX"
- Manter a requisição em outro saco plástico lacrado e isolado da amostras;
- Enviar em caixa de isopor lacrada e bem vedada devido ao risco biológico;
- NÃO COLOCAR outras amostras na mesma caixa para envio, para evitar risco de contaminação. NÃO SERÃO PROCESSADAS AMOSTRAS que NÃO estiverem devidamente IDENTIFICADAS, FECHADAS/LACRADAS ou que se APRESENTAREM VIOLADAS OU COM VAZAMENTOS, sendo IMPRETERIVELMENTE DESCARTADAS. 
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: swab ou escova (cervical) da lesão (sem meio de transporte), raspado de pele, conteúdo da citopunção aspirativa, biópsia de pele em tubo coletor (não colocar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.
• PRAZO: até 3 dias úteis.

O Toxoplasma gondii é um protozoário causador da Toxoplasmose. Os sinais clínicos que animais infectados apresentam são variados, podendo ocorrer febre, discreto aumento de linfonodos, ou ainda grave comprometimento do sistema nervoso central, além de alterações oculares e abortamento. A coinfecção com outros agentes infecciosos é comum, e pode agravar o estado clínico geral do animal. A toxoplasmose tem grande importância para a saúde pública, pois trata-se de uma zoonose.

• ESPÉCIE: mamíferos.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA ou liquor. Em casos de aborto, podem ser encaminhados: placenta, líquido amniótico, tecidos fetais refrigerados ou congelados. Sinais neurológicos: encéfalo (post-mortem: sem formol). A PCR do humor aquoso é indicada para diagnosticar a forma ocular em gatos. A presença do material genético pode ser pesquisada nas fezes frescas de felinos para verificar eliminação do protozoário.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. Não conservar amostras em formol.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.

 

Trichomonas spp. são protozoários flagelados causadores da tricomonose ou tricomoníase que podem acometer várias espécies animais de diferentes formas. Em felinos, o protozoário é responsável por causar doença gastrointestinal, acometendo principalmente regiões do intestino grosso, levando a quadros de diarreia crônica com presença de muco e sangue nas fezes. O Tritrichomonas blagburni, foi proposto como agente etiológico da tricomonose felina a fim de diferenciá-lo do parasito bovino (Tritrichomonas foetus), por possuírem caraterísticas genotípicas distintas. Além disso, felinos também podem apresentar diarreia por Pentatrichomonas homini. Em bovinos, a tricomonose é uma doença venérea que causa problemas reprodutivos em vacas, como: infecção uterina, morte embrionária, abortos, repetição de cio e baixa fertilidade, enquanto os touros podem ser portadores assintomáticos, transmitindo o agente através do sêmen. A tricomonose aviária pode ser causada pelo Tritrichomonas gallinae, acometendo principalmente pombos, mas outras aves também podem se infectar. Nesses casos, ocorre a formação de lesões caseosas esbranquiçadas em cavidade oral, faringe, esôfago até proventrículo, ou se disseminar para outros órgãos. A técnica de PCR pode ser uma ferramenta sensível e específica para detectar a presença de Trichomonas nos animais infectados. No entanto, durante a infecção, a eliminação do agente pode ser intermitente, portanto, nos casos em que há forte suspeita de infecção deve-se considerar a retestagem dos animais ou realizar coletas em dias alternados.

• ESPÉCIE: Multiespécies.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PREVISÃO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS:
Trichomonas entérico: fezes frescas, swab ou lavado retal com solução salina.
Trichomonas genital: Sêmen, lavado prepucial, muco vaginal (período ideal de coleta de 2-3 dias antes do cio e 2-3 dias depois).
Trichomonas oral: fragmento ou raspado lesão.
Abortamento: líquido placentário, liquido abomasal, membranas fetais.

• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

 

Trypanosoma cruzi é um hemoparasita zoonótico que pode acometer cães causando a Tripanossomíase canina; em humanos a enfermidade é conhecida como Doença de Chagas. O T. cruzi é um protozoário unicelular flagelado, transmitido principalmente por triatomíneos, insetos hematófagos vetores do parasita (conhecidos como “barbeiro”). Os cães são um dos reservatórios desse agente, mas também outras espécies animais podem ser acometidas pela doença, como felinos, ruminantes e silvestres. O Trypanosoma cruzi se reproduz multiplicando-se no tubo digestivo do inseto infectado, produzindo as formas infectantes que serão excretadas nas fezes. Dessa forma, a transmissão do agente ocorre principalmente através do contato das fezes infectadas do vetor, depositadas na pele após o repasto sanguíneo ou pela ingestão do vetor infectado. A transmissão também pode ocorrer por transfusão sanguínea. Uma vez na corrente sanguínea o parasita se dissemina no hospedeiro, afetando principalmente o coração e trato digestório, onde se multiplicam. Em cães e seres humanos a doença apresenta quatro formas clínicas: aguda, crônica indeterminada, subaguda e crônica determinada, podendo manifestar sinais cardíacos, digestórios e, menos frequentemente, neurológicos. O diagnóstico da tripanossomíase pode ser negligenciado devido à natureza multissistêmica da infecção e a variedade de sinais clínicos. A PCR em tempo real é uma técnica de diagnóstico para detecção da presença do parasita de forma sensível, específica e rápida, principalmente quando comparado com outros métodos disponíveis, como parasitológico e sorológico.

• ESPÉCIE: mamíferos.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA; fragmento de tecido (fígado, baço, coração) refrigerado em frasco estéril com tampa de rosca bem fechado (não conservar em formol).
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita.

A tripanossomose bovina é uma doença de ocorrência global e o agente etiológico de maior relevância para bovinos é o Trypanosoma vivax. A doença foi registrada no Brasil pela primeira vez em 1972, e recentemente tem sido reportada em todo país através de surtos, acometendo tanto bovinos leiteiros quanto bovinos de corte. Considerada como uma doença negligenciada por muito tempo, a tripanossomose bovina pode causar grandes prejuízos aos pecuaristas. Para o controle efetivo da doença, além do combate aos vetores, é necessário evitar o uso compartilhado de agulhas e controlar o trânsito de animais de áreas endêmicas para áreas não endêmicas.

• ESPÉCIE: bovina.
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR.
• PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total em EDTA ou tecido.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 7 dias após a colheita. Não colocar fragmentos teciduais em formol. Em caso de necessidade de armazenar fragmentos por mais de 3 dias, congelar as amostras

 

O vírus da Doença do Bico e das Penas de psitacídeos (BFDV) é responsável por uma enfermidade infectocontagiosa que acomete um grande número de espécies de aves da ordem dos Psittaciformes, caracterizado pela perda de penas e bico, deformação de garras e imunossupressão. O BFDV é um vírus que pertence ao gênero Circovirus e à família Circoviridae que são vírus DNA de fita simples, não envelopado, com tropismo por células epiteliais de diversos tecidos, incluindo pele e mucosa gastrointestinal. O BFDV pode ser transmitido de forma direta de ave para ave, por inalação, ingestão ou através da persistência do vírus no ambiente pelas fezes, folículo de penas contaminadas descamadas e secreções de muco de papo. O BFDV pode causar distrofia e hiperplasia do folículo das penas, deformidades no crescimento do bico e das unhas, alongamento e fraturas de ranfoteca. Além disso, os animais podem apresentar sinais inespecíficos como anorexia, perda de peso, ou causar graves anormalidades crônicas nas penas, bico e garras, podendo evoluir para o óbito.
Aves infectadas subclinicamente podem atuar como reservatórios da doença e eliminar potencialmente o BFDV por longos períodos. A similaridade do quadro clínico a outros patógenos dificulta a identificação do agente, sendo necessário o diagnóstico laboratorial. Dessa forma, a PCR em tempo real é uma técnica para detecção do agente de forma rápida, específica e sensível. Atualmente, não há vacina disponível para BFDV, portanto medidas de controle e profilaxia são necessárias.

• ESPÉCIE: Aves Psittaciformes
• DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos por PCR em tempo real
• PREVISÃO: até 2 dias úteis.
• MATERIAIS A SEREM TESTADOS: sangue total com EDTA refrigerado, fezes refrigeradas ou swab cloacal, folículos de penas, órgão congelado (fígado ou baço) sem formol ou ovo embrionado. Para animais assintomáticos enviar: sangue total com EDTA ou/e swab cloacal.
• ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8ºC. O envio deve ser feito em até 3 dias após a colheita.

 

ESPÉCIE: caninos, equinos, suínos, aves, dentre outros.
DESCRIÇÃO: detecção qualitativa dos ácidos nucleicos do vírus da Influenza tipo A por PCR em tempo real.
PRAZO: até 1 dia útil. Amostras recebidas até as 14h00 são processadas no mesmo dia e liberadas até as 20h00. Para as recebidas após esse horário o processamento se dá no próximo dia útil. Amostras de tecido possuem um prazo de 2 dias úteis para processamento.
MATERIAIS A SEREM TESTADOS: swab orofaringe ou nasal em tubo seco ou com 1mL de solução salina estéril ou meio de transporte viral (não encaminhar em outro meio ou caldo), lavados ou aspirados respiratórios.
ARMAZENAMENTO E ENVIO: temperatura entre 2 e 8°C até o envio da amostra.

O nosso Laboratório de Diagnóstico Molecular Veterinário foi um dos primeiros laboratórios em centros universitários no Estado de São Paulo a trabalhar com Biologia Molecular na área de Medicina Veterinária. Nós somos um dos pioneiros em pesquisas envolvendo amplificação de DNA na área de Medicina Veterinária no Brasil. Continuamente melhoramos nossas metodologias e técnicas usadas na amplificação de DNA que podem ser aplicadas a detecção de agentes em enfermidades infecciosas.

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